Algas na piscicultura e carcinicultura – Parte 1 

Peixes e camarões (piscicultura e carcinicultura), necessitam de condições adequadas para o desenvolvimento entre elas a concentração mínima de oxigênio dissolvido.

Ter um lago com camarões ou peixes, recreativo ou ornamental ou mesmo uma fazenda para fins lucrativos pode ser uma decepção para seu proprietário quando as algas começam a proliferar e o mau cheiro e peixe mortos surgirem quando o manejo não for bem-feito desde o início.

O que é manejo de aquicultura?

Em linhas gerais Boas Práticas de Manejo (BPM) são recomendações e orientações para reduzir impactos ambientais negativos resultantes da descarga de efluentes com altas concentrações de matéria orgânica, sólidos suspensos e outros poluentes que possam ser causados pela produção de peixes, camarões e outros organismos aquáticos.

Um dos principais resultados de não seguir as boas práticas de manejo é o surgimento de algas nos tanques e com elas uma série de problemas que podem levar a contaminação e até perda total da produção já que as algas competem com os peixes e camarões pelo consumo de oxigênio.

As formas de oxigenação da água

O termo oxigenação muitas vezes é usado de forma errada.

Oxigenar é incorporar oxigênio à água, quase sempre com injeção de oxigênio puro. No entanto o que normalmente se faz é a aeração da água usando batedores de pás, sistemas de chafariz ou injeção de bolhas de ar na água.

Oxigênio Dissolvido

Oxigênio dissolvido é um fator primordial para a sustentação da vida aquática e tratamento de efluentes em estações de tratamento de esgotos.

A concentração de oxigênio dissolvido na água varia inversamente com a temperatura e salinidade, assim, quanto maior for a temperatura e a salinidade, menor será a concentração de oxigênio na água.

A concentração de oxigênio dissolvido em ambientes naturais também varia em função do período do dia devido aos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem no local.

Em geral a concentração é maior durante o dia devido ao processo de fotossíntese e menor durante a noite quando o processo não ocorre.

Uma das causas mais frequentes de mortandade é a baixa concentração de oxigênio dissolvido na água do local.

O valor mínimo de oxigênio dissolvido estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05(2) é de 5,0 mg/L, mas cada espécie tolera uma certa variação.

Carpas toleram concentrações de oxigênio dissolvido de 3,0 mg/L podendo sobreviver por até 6 meses em águas frias sem nenhum oxigênio dissolvido, (ANOXIA). Trutas necessitam de uma concentração de oxigênio dissolvido mínima de 8,0 mg/L.

De forma geral, concentrações de oxigênio dissolvido menores que 2 mg/L são perigosos podendo causar a morte de peixes e camarões.

Formas de monitoramento da qualidade da água

A concentração de oxigênio dissolvido é um dos parâmetros mais importantes para as fazendas de aquicultura devendo ser monitorado ao longo de todo o dia e da noite com oxímetros ou kits de análise. Na falta desses equipamentos pode-se notar que a concentração de oxigênio é baixa se os peixes estiverem amontoados junto à entrada d’água ou na superfície da água.

Mas de onde surgem as algas?

As algas surgem devido ao fenômeno de eutrofização que ocorre como consequência do aumento da quantidade de nutrientes no ambiente aquático. Pode ocorrer por causas naturais, mas acontece também como resultado da ação humana.

A eutrofização provoca danos graves no ambiente aquático, tais como mortandade das espécies que ali vivem, decorrentes da proliferação de algas e cianobactérias, que podem produzir substâncias nocivas à saúde.

É um processo observado em vários corpos d’água caracterizado pelo aumento de nutrientes, principalmente o fósforo e o nitrogênio, causando a proliferação de algas e cianobactérias.

Entre outros problemas a eutrofização torna a água do local turva e diminui a concentração de oxigênio dissolvido na água causando a morte de várias espécies.

Como ocorre a eutrofização?

Como todo ser vivo as algas também necessitam de nutrientes para crescerem e proliferarem e altas concentrações de nitrogênio e fósforo na água de lagos, represas, rios, açudes ou mesmo piscinas tornam esses ambientais em local ideal para a sua proliferação.

Existem dois tipos de processo de eutrofização.

O processo natural é aquele que gera o surgimento de algas em grandes intervalos de tempo, em tese ocorrem sem interferência humana.

O processo antrópico ocorre quando existe algum tipo de interferência humana como despejo de esgoto ou deficiências no manejo da produção como excesso de alimentação e circulação deficiente da água.

Como evitar as algas verdes nos tanques?

Seguir as boas práticas de manejo requer cuidados constantes como:

  • Impedir a entrada de detritos transportados pelas chuvas.
  • Usar o tipo e quantidade de ração correto para cada espécie.
  • Permitir uma boa circulação e oxigenação da água.
  • Criar desníveis no fundo dos lagos para decantação natural dos resíduos.
  • Evitar excesso de luz no fundo dos tanques.
  • Quando se tratar de tanques ornamentais usar plantas ornamentais como Papiro, Chapéu de Couro, Sagitarias, Ninfeias e Lentilhas d´’água que podem estar agrupadas na forma de ilhas artificiais.

Finalmente, como combater e controlar a proliferação de algas

O primeiro ponto a se deixar claro é que sempre existirá uma concentração de algas em qualquer tanque. O que se deseja é manter essa concentração dentro do mínimo possível e evitar sua proliferação.

O uso de algicidas e outros produtos químicos no combate das algas pode levar ao rompimento das membranas e liberação das toxinas existentes dentro das células.

A alteração na qualidade da água provocada pelas algas dificulta e aumenta os custos do tratamento da água dos tanques.

O tratamento convencional utiliza cloro e floculantes para o combate das algas além de carvão ativado como material adsorvente.

No entanto, o uso desses produtos não é recomendado nem é possível em tanques de aquicultura.

Bem-vindo à era do Anti-Algas Ultrassônico.

O sistema Anti-Algas Ultrassônico é uma solução segura e econômica e tem se mostrado uma boa alternativa ao uso de algicidas no combate de algas pois não libera poluentes, funciona 24 horas por dia e é uma solução definitiva que não precisa ser reaplicada constantemente.

O sistema é composto por dois componentes, os transdutores de ultrassom que transmitem ondas de ultrassom em uma faixa de frequências apropriadas e um quadro gerador que gera as frequências e supervisiona a operação do sistema.

Os transdutores emitem ondas em faixas de frequências que variam de forma automática e aleatória que causam uma zona de interferência com o sistema de flutuabilidade das algas dificultado a sua subida até a superfície para realizar fotossíntese e gerar nutrientes.

Sem nutrientes as algas ficam desnutridas e morrem indo para o fundo do local onde as bactérias benéficas as decompões em nutrientes bom para a flora e fauna locais ou são removidas mecanicamente.

O sistema é instalado em lagos, rios, tanques e reservatórios usando boias especialmente projetadas para operar de forma segura e continua.

Além do uso no combate de algas o sistema é usado no combate e prevenção de cracas, incrustações em embarcações.

Esse sistema surgiu na Segunda Guerra Mundial quando se notou que os submarinos não tinham cracas nas áreas próximas aos sonares. A partir desse momento o sistema foi desenvolvido e se encontra em uso há várias décadas sendo totalmente inofensivo ao meio ambiente pois não libera poluentes nem radiação.

O sistema Anti-Cracas Ultrassônico é uma forma segura e econômica de combate e prevenção de incrustação de cracas, em especial se comparado com a pintura com tinta envenenada pois não tem desgaste, não libera poluentes, funciona 24 horas por dia e é uma solução definitiva que não precisa ser refeita todo ano.

Esse sistema surgiu na Segunda Guerra Mundial quando se notou que os submarinos não tinham cracas nas áreas próximas aos sonares. A partir desse momento o sistema foi desenvolvido e se encontra em uso há várias décadas por comandantes que querem uma solução econômica e ecológica.

O sistema é composto por dois componentes, os transdutores de ultrassom que são colados na parte interna do casco abaixo da linha d’água e transmitem ondas de ultrassom em frequências que afastam as larvas de cracas e os micro-organismos que as alimentam e um quadro gerador que gera as frequências e supervisiona a operação do sistema.

Além do casco esse sistema protege a hélice, pés de galinha, leme, grelhas e tubulações de circulação de água, caixas de mar e tanques de lastro.

O sistema é totalmente inofensivo ao meio ambiente pois não libera poluentes no mar nem emite qualquer tipo de radiação.

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